sábado, 19 de junho de 2010

Uma carta para ele

Uma carta para ele
3 Maio 2010

”Te amar não muda nada. É só o fato de amar. Pronto, eu te amo; viu?! Simples; sem as vertentes angustiantes que desviam toda a concentração. Sem essa preocupação do ‘como será o amanhã, daqui pra frente’. Te digo que me esquente, em todos os sentidos, e em todas as noites, que o resto não vai importar. Ok, agora menti! Mas, preste atenção. Estamos falando de amor, e não de paixão. Há uma linha tênue que os separam. Me permito dizer que estamos na paixão, e ainda longe do amor; ainda vejo seus defeitos, amando-os. Mas a questão é que ninguém sabe ao certo a quantos passos, após a paixão, está o fim do amor.
Esta carta, na verdade, não é nada a mais do que já faço; porque te digo tudo, com minhas ‘olhadas de desaprovação’, como você mesmo diz. E, sendo sincera, não te escrevo com o intuito de provocar nada; nem mesmo um espasmo reflexivo ‘espontâneo’, como costumamos brincar. Te escrevo, para que guarde minhas palavras para um futuro próximo; tão próximo quanto ao nosso direito de amor eterno. E que, em nosso passado, fique as minhas reclamações > odeio ir a Botafogo para te encontrar fazendo o que faço em casa; odeio seus ciúmes; suas mãos, seus pés; aprenda a ser direto! < e as nossas cantadas, > sabe que te espero sempre; madrugada sem você é como um dia de trabalho sem ter o que fazer; boa noite, te vejo dormindo; ‘tá bom, eu durmo. mas, primeiro, me abraça’. < por mais que algumas fossem bregas.
Prometo, como já prometi uma vez, que, caso o fim chegue, ele será breve e seco; como todos deveriam ser. Prometo ter raiva só até ela passar; então, prometo deixá-la passar. E, de fato, rasgarei todas as suas cartas; mas preservarei, mesmo de forma incosciente, algumas de suas frases, e os momentos em que as disse. Mas antes que a carta termine, e você se preocupe, cito o seu rival; ‘que seja infinito enquanto dure’.”





Porque fazia tempo que eu não postava nada - genial - por aqui .
Texto do blog : http://oquedosquaiseporens.wordpress.com/

Quando o grito vira arte .


Eu não aguento mais! Ponto. É isso. Poderia terminar o texto exatamente aqui. E não por falta do que falar. Eu que nunca quis publicar o que escrevo, talvez por medo de me mostrar. É se expor demais né? Pois é, vai ver é disso mesmo que estou precisando. Porque eu tô de saco cheio de ver que a imagem que as pessoas tem sobre mim é totalmente diferente da forma como eu me vejo - e quero - ser vista . Não, vocês não vão entender . E também não vão se identificar com o que estou escrevendo e quer saber? eu não ligo. Não quero ser arrogante mas o problema é meu, não é? O problema é todo meu! E eu que sempre pensei que escrever aqui seria uma válvula de escape mas...como pode ser se eu não escrevo? Eu não me mostro, não dou a minha cara a tapa. Certa vez um escritor que muito admiro me disse sem roteios, assim como quem informa a hora certa "você tem medo de críticas". Vai ver tenho mesmo! Não me acho boa demais ao mesmo tempo em que não quero me achar ruim. Eu não posso me achar ruim. Quer saber? isso não faz sentido algum. Se você leu até aqui já deve estar arrependido, essas frases soltas não terão um desfecho que faça sentido... é meu dever avisar! Gosto muito de Clarice Lispector e ela diz "Porque há o direito ao grito. Então eu grito". Há o direito ao grito ! Esse é o meu grito... e eu grito mesmo sem a garantia de que alguém vai ouvir. Eu grito.